tag:blogger.com,1999:blog-8349148243938853532024-03-06T01:48:11.808-03:00Onde nascem as BorboletasOnde nascem as borboletas... Este é o lugar onde pretendo me firmar. Como crisálida que procura desesperadamente uma folha onde se fixar. Metamorfose. Metamorfosear-me. Construir-me e desconstruir. Ser imago. Alimentar-me das flores que brotam em meus jardins. E, mesmo não havendo mais nada, colher os frutos abandonados no solo ainda úmido e transformar-lhes em parte minha, parte da vida porque é isso que são na verdade: Flores e Frutos e Metamorfose e Vida.Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.comBlogger67125tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-22604870991326867872016-09-23T21:57:00.000-03:002016-09-23T22:04:00.318-03:00Desculpem o transtorno, mas...<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCcVY1b0MHMs5I1UbT4Fs8syaiKRmH4E6wM3A3TqvfoUOWg0S0B1s2j9HAMy0GmJ7sFXg3h1CeeC5SKEP2du0HQGLntkjkE3qJqLfn6vFfo0fGBTkqE1uXOUmy3Qn_fWiwm5Tiv8kwW95R/s1600/IMG_3554.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><span style="background-color: white; color: black;"><img border="0" height="212" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiCcVY1b0MHMs5I1UbT4Fs8syaiKRmH4E6wM3A3TqvfoUOWg0S0B1s2j9HAMy0GmJ7sFXg3h1CeeC5SKEP2du0HQGLntkjkE3qJqLfn6vFfo0fGBTkqE1uXOUmy3Qn_fWiwm5Tiv8kwW95R/s320/IMG_3554.jpg" width="320" /></span></a></div>
<br /><br />Eu sou aquilo que muita gente chama de "vândalo literário". Sim, eu rabisco meus livros, desenho corações, choro em suas páginas... Lindo, lindo, lindo... Quanto maravilhamento há quando os dedos talvez cambaleantes daquele autor possuem o dom de engendrar minha alma com suas frases únicas e universais.<br /><br /><br />Sim, eu sou uma vândala, não daquelas que tentam profanar as escrituras sagradas, mas daquelas que querem fazer parte delas. Corações, corações, lindo, lindo, lágrimas lágrimas e vou me tornando parte daquilo, insiro-me naquele universo. Os meus livros vandalizados são meus e contam uma história somente minha – são minha biografia talvez. Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-55633983157273011462016-09-22T21:16:00.001-03:002016-09-22T21:18:54.936-03:00Offspring<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nosso amor começou numa noite
dessas, amenas, de primavera. Eu acreditei em amor à primeira vista quando a
lua refletiu no verde escuro de seus olhos – nada foi tão belo quanto aquele
momento. Eu nasci para você. Você nasceu para mim. Nascemos. Juntos fundimos
nossas vidas continuamente. Fomos um, dois, dez, um milhão e depois um
novamente. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Vivemos as cores das noites em
claro e a monotonia dos dias sem cor, você e eu. Fomos guerreiros e senhores de
nossas próprias guerras. Rastejamos e nos reerguemos, você e eu. Celebramos
vitórias silenciosas e fomos plenos de tudo e de nada. Fizemos um milhão de experimentos durante
nossa inexperiente trajetória. Nós nunca crescemos, sempre fomos
peter-panescos. Nós nascemos mortais, mas vivemos como imortais. Queríamos viver
cem anos, mas fizemos tudo errado. <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Nos álbuns silenciosos cheios de
som e fúria que guardo, eu escuto suas declarações de amor. Eu escuto seus
muitos eu-te-amos. É a minha biografia sendo contada pela tua voz. É a minha
voz abafada de consternação e maravilhamento de nossas ideias e sentimentos.
Nesses álbuns silenciosos estão todas as viagens que não fizemos, todos os
aniversários que não nascemos, todo o pão que não compartilhamos. Neles estão
toda a vida que vivemos e a que deixamos de viver<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;">Todas as canções que você fez
para mim ainda ecoam no silêncio da tua voz, elas são minhas canções de ninar.
Até hoje deito nos divãs imaginários dos sonhos para ouvir teus conselhos e
sons. Releio todas as cartas que não escrevestes e rabisco falsificações
estúpidas da tua assinatura. Oro tuas orações e acordo de joelhos. E te bendigo
resilientemente, sabendo que tua partida é minha maldição. Mas eu te bendigo.
Bendigo-te pelo amor que nunca morre e pela eternidade que nunca chega. O teu
nome é a minha prece. Que assim seja.</span><o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-family: "trebuchet ms" , sans-serif;"><br /></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-left: 212.4pt; text-align: justify;">
<span style="font-family: "helvetica neue" , "arial" , "helvetica" , sans-serif;">Para meu pai,
que deixou o ninho vazio</span>. <o:p></o:p></div>
Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-17833111069781412962012-06-09T18:10:00.004-03:002012-06-09T18:17:02.969-03:00(Uni)Versar<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVWOoS__kntx_4C2nKesdDz5S0recdSPimNis8GfeJwKnvOsLZ1jwukN63wpzXb11h3AxpNJtFE34szD4VDfxSm-hdlN02VzYANpwF0C9U6RfGxt8IX9sO79G4pnvvslt9048oYILAKvFf/s1600/Versar.jpg" style="font-size: 100%; "><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 151px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhVWOoS__kntx_4C2nKesdDz5S0recdSPimNis8GfeJwKnvOsLZ1jwukN63wpzXb11h3AxpNJtFE34szD4VDfxSm-hdlN02VzYANpwF0C9U6RfGxt8IX9sO79G4pnvvslt9048oYILAKvFf/s200/Versar.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5752148978310182434" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align: justify; line-height: 150%; "><span style="line-height: 150%; font-family: Arial, sans-serif; "><span >Eu faço versos como quem morre ou talvez faça versos como quem vive de insistir em esperanças esvaziadas. Eu faço versos para fugir de mim e para não deixar o outro escapar, ir embora de mim. Mas quem sabe se faço algum verso decente? Eu não sei e ninguém nunca me diz. Se me dizem a impressão não se torna verdade; a impressão se torna uma marca, mais uma das marcas. Na verdade, acho que não faço verso algum. Toda palavra que transborda é ausente de significação ou tão cheia dela que explode <st1:personname productid="em tintas. N ̄o" st="on">em tintas. Não</st1:personname> sei lidar com os trabalhos e a polidez denotativa. A miscelânea conotativa faz de mim um mero figurante. Eu não faço versos; eu inflo, vou até o topo e me implodo. Eu esvazio o vazio para enchê-lo novamente de impurezas. Eu não sou poeta, nem escrevo prosas; eu sou mundana e giro neste mundo em desespero - desesperança de não pertencer ao aqui. Eu escrevo gritos de auto-flagelo. Escrever é viver mil vezes; escrever é amar mil vezes. Escrever é nunca desistir. Eu escrevo porta-retratos de fotografias sépias. Fotografo mil vezes o momento para tentar dar movimento àquilo que foi congelado na memória. Eu tenho mil álbuns de letras tortas e muitos deles sem fotos. Eu escrevo para dizer sim e movimentar os acordes alveolares. Eu escrevo a covardia da <i>parole</i>. Eu escrevo os cabelos de Sansão jogados ao chão. Não escrevo haxixe a Baudelaire, nem ópio a Poe, escrevo palavras derrotadas e elas mesmas são meu vício. Eu falo daquilo que poderia ter sido como trabalhos de Hércules que nunca pude cumprir. Eu não faço versos; eu choro versos. E que ninguém se iluda se algum dia os versos parecerem simples, pois lágrimas são essencialmente prolixas. Eu escrevo ambíguas veleidades e duvido das certezas. Eu poetizo a dúvida e é isso que mata. É, eu faço mesmo versos como quem morre.</span><span style="font-size: 11pt; "><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-size: 100%; "><span style="font-size:11.0pt;font-family:"Arial","sans-serif""> </span></p>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-5867516330290046972012-05-19T17:17:00.003-03:002012-05-19T17:19:24.275-03:00Lenga-lenga<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Os homens têm essa vantagem de
ver as coisas de um modo simples o que, infelizmente, não acontece com as
mulheres. Ontem decidi comprar uma lingerie (ponto pra mim), passei um tempão
escolhendo algo que, em minha opinião, nós dois iríamos gostar. Bem, pra uma
pessoa que tem uma baixa autoestima como eu isso é algo realmente difícil. ‘E
daí?’, você diz. E daí que a gente vai tentando fazer as coisas de um modo
diferente até elas se encaixarem e você realizar que, putz, você deveria ter
feito isso há algum tempo. Casar é difícil pra qualquer pessoa – o dia-a-dia
acaba virando um remoer de problemas externos, de cansaço físico e mental, de
coisas que deveríamos jogar fora. Quando uma mulher casa com um homem, ela
sente, mais que nunca, a necessidade de ser, de se sentir mulher. Foi isso que
quis fazer ontem após algumas semanas de cansaço e de muitas críticas internas
e também para comemorarmos nosso 2 meses juntos. Tirei várias fotos e fiquei
algum tempo em dúvida se deveria ou não enviar. Nothing ventured, nothing
gained... Enviei. ‘Legal’ não era de fato a resposta que esperava. Fiquei tão
desapontada, não puta, mas triste. Triste por não conseguir despertar em você
tudo que gostaria de despertar, triste por profanar o lugar sagrado que seu
trabalho é pra você, triste por perceber que você preferiria que fosse uma foto
de um prato de comida. Fiquei triste também por perceber que consigo despertar
alguém coisa em você (apetite, colaboração, raiva), mas nunca consigo despertar
seu desejo quando quero. E eu só consigo me sentir frustrada com isso. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
É isso. Sinceramente não espero
que você compreenda tudo isso ou minha reação a tudo isso. Acho também que
estou fazendo uma besteira muito grande enviando esse e-mail, mas é assim
mesmo.</div>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-18822834915787419862012-04-06T20:11:00.002-03:002012-04-06T20:12:23.056-03:00Quase 1 ano sem postar aqui... <div>As coisas vão ficando mais intensas e silenciosas com o tempo e as postagens causam um certo desconforto.</div>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-11630518250903278272012-04-06T20:06:00.001-03:002012-04-06T20:35:01.693-03:00Jardim<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQJFVBUxU1HIRAhfBApuIalnl9b6n48oIEO3ocA1UQYjDpTXD8nVpiFDGcCtDYqXpNabYueqHSkzaiRascNaIN0pFY8WKmh8zzxk5_BOVv-y_WRh97sPc6EWZL08swSjoCaWo_H4Nwi8MU/s1600/tulipa.jpg"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 200px; height: 173px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhQJFVBUxU1HIRAhfBApuIalnl9b6n48oIEO3ocA1UQYjDpTXD8nVpiFDGcCtDYqXpNabYueqHSkzaiRascNaIN0pFY8WKmh8zzxk5_BOVv-y_WRh97sPc6EWZL08swSjoCaWo_H4Nwi8MU/s200/tulipa.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5728435357632632098" /></a><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="line-height: 150%; font-size: 100%; ">Quando passei por esse jardim de luz de sol entrecortada pelos galhos das árvores e de folhas velhas, caídas, já sem vida, no chão, lágrimas de algo que não sei descrever brotam dos meus olhos. Poderíamos ser tantas coisas naquelas horas que precediam um crepúsculo cor de púrpura. No entanto, conseguimos ser somente você e eu – humanos, demasiadamente humanos, já diria o filósofo que, assim como nós, também não soube amar nem se deixar amar. A luz do sol, mesmo quando fraca, me incomoda e desfoca tudo que está ao meu redor. Talvez seja melhor assim, eu e minhas lembranças distorcidas embaladas por uma caixinha de música imaginária.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><o:p> </o:p><span style="line-height: 150%; font-size: 100%; ">Ainda guardo uma caixinha de música que ganhei quando tinha três anos. Meu pai se embalava com aquela canção todos os dias. Talvez ele nunca tivesse aceitado o fato de eu ter crescido e acho que nem eu aceitei direito. A brisa entrecorta minha pele enquanto minha visão turva imagina um sorriso teu. Você nunca sorriu verdadeiramente nas fotos em que estávamos juntos e te ver feliz com outras pessoas era tudo que me restava. Eu consegui fazer com que você me amasse como sempre sonhei, só não consegui transformar você em meu lar. Ainda bem que você passava os finais de semana fora, assim eu teria tempo – tempo pra sentar no sofá e perceber que você, apesar de tudo, era meu pedacinho de paz. Seria possível amar e odiar alguém ao mesmo tempo e na mesma proporção?</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="line-height: 150%; font-size: 100%; ">Há tulipas no jardim, minhas flores favoritas. As tulipas são belas, coloridas e reservadas, somente uma abelha muito abelhuda consegue saber o que realmente há em uma tulipa. Você nunca soube que eu escrevo. Ainda bem porque você me diria que isso é coisa de adolescente e que preciso amadurecer. Eu acho que preciso amadurecer, mas se sequer a dor me fez ser alguém diferente, como conseguiria isso? Eu gosto de tirar fotos de pessoas que não sou e de pessoas que não conheço, pois me sinto confortável. Gosto de sorrir descaradamente embora sinta que cada dia a mais me sinto cada vez menos feliz, assim como um pássaro que canta não por felicidade, mas por instinto. Disfarçar é instinto de sobrevivência. </span><span style="line-height: 150%; font-size: 100%; "> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="line-height: 150%; font-size: 100%; ">Há muitos pássaros por aqui, mas eu escuto uma música qualquer nos fones de ouvido. É incrível como as dores humanas são semelhantes e é incrível como as alegrias são discrepantes. Discrepante é todo esse colorido em contanto com alguém gris como eu. Eu quis ser a mais bela mulher do mundo pra você, mas eu não fui. Não fui pra mim mesma e não sei o que dizer se fui pra você, afinal você nunca me dizia nada, mas sempre achei que me acordar com beijos de manhã significava alguma coisa. A luz do sol em contato com as lágrimas causa de enorme desconforto nos olhos, mas ainda posso ver aquilo que as pessoas viam em você quando você me olhava. Elas diziam que você me amava profundamente, mas eu nunca pude ver seus olhos brilhando pra mim. Eu tentei ver teu brilho e brilhar pra você como ninguém no mundo tentou. Contudo, precisava me libertar dessa cegueira, precisava que você me libertasse dessa cegueira e acho que você lavou as mãos. O sol é somente o sol; a brisa é somente a brisa; uma flor é somente uma flor... O que eu poderia ser senão somente eu mesma? O que poderíamos ser senão nós mesmos?</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><span style="line-height: 150%; font-size: 100%; ">Assim como esse belo jardim tem um portão de saída, eu me despeço dos lindos sonhos que tive com você como protagonista. Minha figura não pode ser nada além de triste e não pode fazer seus olhos brilharem de alegria por mim. Desculpe-me, mas agora preciso fugir, fugir </span><span style="line-height: 150%; font-size: 100%; "> </span><span style="line-height: 150%; font-size: 100%; ">de mim.</span></p>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-57325850499738355122011-08-07T23:51:00.001-03:002011-08-07T23:52:57.010-03:00Da alma<span style="font-size:130%;">Não escrevo mais.<br />Meu corpo não aguenta mais tanta dor.<br /><br /><br /></span>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-76908519252469550602011-07-03T20:35:00.005-03:002012-04-06T20:35:33.269-03:00<span style="font-size:130%;">Após o nascimento a vida nos brinda com duas certezas: a solidão e a morte.<br /><br /><br /></span>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-12451125577011045562011-05-15T22:15:00.007-03:002011-05-15T22:27:38.621-03:00Cicatriz<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/396139/mn/1227390138/um-a-um.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 248px; height: 170px;" src="http://perlbal.hi-pi.com/blog-images/396139/mn/1227390138/um-a-um.jpg" alt="" border="0" /></a> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%" align="JUSTIFY"> As marcas no rosto têm um quê de eterno mais eterno que marcas de outras partes do corpo. Ele nunca gostou que o fitassem – Desconfiado ou desacostumado, não importa. Eu o desejava em cada parte do seu corpo; desejava-o em cada mão estendida que se converte em toque; desejava-o nos lábios que se transformam em deslizar vagaroso. Quando se ama alguém quer-se absorver uma gota qualquer de suor, de gozo, de intensidade. Tocar-se como que pelas mãos dele. Usar todos aqueles possessivos almejados pelos amantes: meu, tua, nosso. Absorver até mesmo a falta de palavras e tipos de palavras. </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%" align="JUSTIFY"> Ele gostava mesmo era daquela camisola verde, daquele cheiro de sabonete de lavanda, daquele meu olhar perdido. Fitava-o para conhecer a história daquele rosto – não a história que se conta, mas a história que se sente. Quando se ama quer-se estar sob a pele, preencher as lacunas formadas pelo tempo e guardá-las para quando estiver longe, ainda tê-las nítidas e brilhantes. Ver aquele rosto acordando inchado e sorrindo com pequenos olhos negros e bocejos em lábios bem desenhados era remontar anseios prévios e saber que o meu tornara-se possível. Minhas cicatrizes são invisíveis e criadas em um fino traço pálido nas noites. </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%" align="JUSTIFY"> O amor é por vezes um tipo insolúvel de problema, seja por não conseguir diluir, seja por não querer. Se há alguma coisa inerente ao querer amor, é querer profundidades até então intocadas. Não, não acredito nas narrativas de amor sem essa coleção de tragédias que é a vida. Não acredito em amores cristalinos e cristalizados. Amor é sangue que escorre sem se ver. É ferida que dói e se sente. É descontentamento descontente. É redundante. São feridas assim que consigo aliviar quanto te observo enquanto você sente-se incomodado com isso. Nós seus, nós meus, nós nossos. </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%" align="JUSTIFY"> Amar não é a cura. Meu corpo continua sendo templo da minha desordem com as tatuagens das tuas mãos no meu peito, com o teu homem <span style="color:#ff0000;"><span style="color: rgb(255, 255, 255);">vetrusiano</span> </span>me seguindo às costas sorrateiramente desnorteando meu norte. Eu sabia que era só amar você pra começar a beber e engordar, pra querer mudar até a quantidade dos meus batimentos cardíacos. Mudei até religião; virei infiel e não confesso mais meus pecados porque, mais do que nunca, acho que o inferno pode ser um bom lugar. Afinal, quando você desabotoa meu vestido, só posso concluir que, em vida, estou perdidamente salva.</p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%" align="JUSTIFY"><br /></p>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-47386959917006060602010-12-26T22:28:00.006-02:002010-12-26T22:39:51.431-02:00(Des)Equilibrar<p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style="font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;">Encerrei meus sonhos pueris para viver tudo que estou vivendo agora. Acertei alguns erros e me preparei para errar muito mais e deliciosamente. Nessa loucura de viver aquilo que conjecturei nunca me permitir viver, reencontrei minhas músicas e letras e redesenhei novas linhas de um sorriso já conhecido. Apaguei palavras eternas em meus dicionários, me deixei ser um filme sem final feliz e com afável desenvolvimento. Não corte a linha que me liga à tua alma, estava dito em um filme do Coppola. Mas eu digo: se a linha tiver que ser cortada, que eu tenha, ao menos por uma noite, minhas costas inteiramente acariciadas por teus beijos. Quero ainda me felicitar pelas palavras esquecidas de outrora. Quero ainda arrumar os armários e ter coragem de jogar muita coisa fora. No mapa perdido dos meus tesouros, me encontrei ávida, lúcida e desistente de minha sede pelo equilíbrio – quero bambear nas certezas ou por algumas doses de vinho. Continuo detestando meu corpo e minha alma infiel. Contudo, se após milhões de anos de evolução, me foi dado esta pele, quero aprender a usar armas brancas e me ferir menos. Percebi que me feria letalmente enquanto julgava estar com a vida sob controle. Não encerrarei a carreira e a fé, se ela existe, aparecerá em algum dos momentos torpes que viverei. </span> </p>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-64081714302865632092010-10-24T22:43:00.001-02:002010-10-24T22:50:12.103-02:00Seguir<p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;">Se dissesse adeus e saísse correndo pela porta, o que faria? Certamente nada. E você, de fato, nada fez. Você me dizia que sempre me emprestava algo porque, caso nos desentendêssemos, eu teria que voltar pra devolver a tal coisa, assim teríamos uma segunda chance. Não havia nada mais de bom, dado, emprestado ou compartilhado, entre nós. Lembrei-me disso logo que fechei a porta do elevador na portaria. O que foi isso? O que fomos nós? Deve ter existido algo, senão meus olhos estariam secos naquele momento. Pessoas fortes como eu não choram, por isso existem os óculos escuros. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;">As calçadas preto e brancas lembravam-me aquilo que tivemos juntos. À esquerda estava o Café, do outro lado da rua estavam a banca de jornal e a loja de doces, à direita estava a livraria. O tempo congelou e te vi ali tantas vezes e eu contigo comprando doces diferentes, bebendo café gelado e comprando livros de prateleiras diferentes. Eu te vi ali tantas vezes – o homem que admirava, que me fazia rir. Por um instante achei que te re-encontraria. O relógio voltou com seus tic tacs. Vida que segue e você que não me seguia. Eu já esperava por isso e esperava que você me esperasse, mas você não é homem de esperas. Esperar é ideal romântico feminino. Você é o mais normal dos homens e isso me fazia a mais infeliz das mulheres. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;">Dizem que a energia vital é cíclica. O que não compreendo é como isso poderia ser benéfico – voltar ao começo, voltar aos erros, voltar a você. Fechei a porta de casa e num esforço sobre-humano, joguei as chaves na mesa de centro e me joguei no sofá. Poderia ficar de pé, inerte até minhas pernas ficarem dormentes ou com câimbras tamanho cansaço que sentia; deitar era, na verdade, um gesto de piedade. Havia passado dois anos por nós. Fitei aquele molho de chaves largado na mesa. Gostaria de ter sabido como é morar com você, como é amar e ser amada por você, como é dividir com você. A culpa também é minha, pois fiquei esse tempo todo mostrando, em todo e qualquer gesto, o seguinte: olha como eu sou forte, olha como você não me faz falta, olha como minha vida continuará perfeita sem você. O que você não sabe e o que eu não entendo o porquê de eu ser assim, é que essa é minha forma mais doce, mais delicada de dizer eu te amo. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style="font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;">Tic tac, o tempo acabou e ele foi generoso, nós que não fomos generosos com o que tivemos. Você não verá fotos minhas em festas e sorrindo. Não me maquiarei mais nem colocarei roupas chamativas para ir ao trabalho semana que vem. Estarei com meus brancos, cinzas, azuis e pretos de sempre, darei bom dia, sorrirei e direi todas as frases que o trabalho demanda. No computador, uma foto nossa minimizada enquanto estou no banheiro tentando respirar. Mas eu consigo, eu sempre consegui sorrir e seguir. A única coisa que nunca consegui foi deixar você me amar. </span> </p>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-58083473020189861802010-10-04T22:54:00.008-03:002010-10-09T00:58:25.793-03:00Amar é transgredir.<p class="western" style="margin-bottom: 0cm;font-family:verdana;" align="JUSTIFY"><span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:100%;" ><span style="font-style: normal;">Eram exatamente naquelas tardes cinzentas em que ela o via. Ele era meio desengonçado e além dela, não se sabe quem mais atentava as pupilas para o caminhar dele. O nome dele era Roam. Roam, nunca ouvira um nome tal qual, mas combinava com aquele sorriso sempre desconfiado e um olhar que parecia fugir do olhar. Ela o via às quintas-feiras e não importava o que estivesse fazendo, ela iria sentar naquele banco, no final da tarde, e esperá-lo passar. Por vezes, existia a sensação de reciprocidade de olhares e talvez fosse realmente tamanha que desviavam-se concomitantemente. Em uma dessas quintas, os dois dividiram o banco.</span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;font-family:verdana;" align="JUSTIFY"><span style="font-size:100%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal;font-family:verdana;" align="JUSTIFY"> <span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:100%;" >Tantos anos depois e eu só penso em você. Lembra daquela vez em que você pediu que eu te ensinasse a me beijar? Lembra o que eu disse? “Os lábios devem ser beijados devagar, que são como o inicio de uma jornada. Jornadas precisam ser sonhadas e, quando iniciadas, precisam ser tateadas por dedos ávidos e carinhosos, como quem desenha uma rota de fuga. Posteriormente, a entrada em outro território permite uma troca quente e saborosa.” Você me disse, sorrindo matreiro, que não havia entendido absolutamente nada, me agarrou pela cintura, ajeitou meu cabelo e me beijou longamente. Lembra? Eu nunca esqueci. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;font-family:verdana;" align="JUSTIFY"><span style="font-size:100%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal;font-family:verdana;" align="JUSTIFY"> <span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:100%;" >Hélio caiu na sarjeta depois que Bela foi embora. Eram tantas mentiras que passaram a viver delas – metiam que se amavam, que se desejavam, que eram felizes. Mentiam todo o tempo. Bela mentia ao dizer que tinha tirado de alguma planta a flor que trouxera no cabelo. Hélio mentia sobre um problema de ereção. Um ria das piadas incompreensíveis do outro e tinham longas oito horas de sono diárias. Hélio casara-se com Bela porque era, de fato, bela. Bela casou-se com Hélio por qualquer motivo que não resiste ao mal hálito matinal. Traíam-se para suportarem-se. C'est la vie. Mas sempre haverá alguém pra desistir ou compreender primeiro. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;font-family:verdana;" align="JUSTIFY"><span style="font-size:100%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal;font-family:verdana;" align="JUSTIFY"> <span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:100%;" >Dançavam exibindo corpos torneados e suados. No dia seguinte, um sábado, acordaram num motel barato, nus e ainda com a sensação de cansaço e falta de ar. Nenhum dos dois lembrava-se o que havia acontecido, mas sabiam que havia sido bom. Mentiram seus nomes e enquanto ela tomava banho, ele pegou o celular dela para gravar o número. Domingo, 10:00, ligação: Oi, sou eu, de ontem. Quero te ver. Me diz seu nome de verdade? Meu nome é Júlia. Também quero te ver de novo. Domingo, 15:00, reunião de família: Este é meu filho que não conhecia. Estou muito feliz de, finalmente, tê-lo aqui. Domingo, 15:02, terror. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal;font-family:verdana;" align="JUSTIFY"> <span style="font-size:100%;"><br /></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal;font-family:verdana;" align="JUSTIFY"> <span style="color: rgb(255, 255, 255);font-size:100%;" >Eu te amei até com meu medo. Mentiria se dissesse que não gostaria de mergulhar em você. Não posso. Tenho medo dos teus segredos, de você ir embora, tenho medo de me ferir, de me afogar e não há morte pior que a concebida na praia. Preciso que você me ame, que me grite. A fria aqui sou eu e você não tem o direito de me imitar. Hoje quando suas mãos deslizavam deliberadamente nas curvas do meu corpo voluptuoso, só consegui pensar: uma pena amanhã ter que chegar. Ter que mapear um novo comportamento com o meu tão típico blasé, passar uma maquiagem escura nos olhos e me repetir. Não preciso que haja um amanhã, só quero que o hoje dure eternamente. </span> </p>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-15836100915365408132010-10-03T23:05:00.001-03:002010-10-03T23:05:44.980-03:00oh, yes<span style="font-family: verdana; font-size: 100%;">there are worse things than<br />being alone<br />but it often takes decades<br />to realize this<br />and most often<br />when you do<br />it's too late and<br />there's nothing worse<br />than<br />too late.<br /><br /></span><span style="font-style: italic; font-family: verdana; font-size: 100%;">Charles Bukowski</span>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-39238305114428418312010-09-09T22:33:00.005-03:002010-10-25T22:25:27.265-02:00Ires e vires<meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"><title></title><meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Win32)"><style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;">Pisar nesses azulejos caramelos como quem descobre rotas secretas, tem sido intrigante. Andar pelos cômodos, medir a altura da cama, varrer os tapetes, escrever à faca na mesa do escritório é como desvendar mistérios em vão. Por mais que abra as persianas, escute os sons estrondosos e me acomode no sofá de pelica sinto-me pequena. Nunca conseguirei adentrar esse lugar e deixar o rastro do meu cheiro nos lençóis – terei sempre que me anunciar e morrer de medo com o barulho da porta abrindo e que tipo de olhar você lançará sobre mim. Aliás, percebi que eu não sei de qual cor são seus olhos, já os vi de tantas cores, mas acho que acredito mais neles quando estamos no escuro.</span></p><div style="text-align: justify;font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;">
<br />Sr. Estranho, Mentiroso, Misterioso... Poderia dar-te tantos outros nomes em francês... A gente sempre se ilude de que é mais bonito sofrer em outro idioma, talvez seja porque esquecemos as palavras que transcendem a língua materna. Eu nunca te esqueci mesmo você discursando em outro idioma na nossa própria língua. Perguntei-me tantas vezes em que nossas mãos encontravam-se, se deveria estar ali tentando uma sincronização que me parecia, por vezes, tão desencontrada. Eu gosto de sonhar e quando você me abraça nas nossas caminhadas efêmeras, sinto ganas de fugir – fugir do meu corpo, esse mesmo corpo que clama por você. </span></div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;">Queria saber como pude fazer isso comigo mesma, como pude não deixar o tempo passar e guardar um baú de lembranças jamais vividas. Quando alguém que amamos morre e decidimos cremar seu corpo, o ritual de desfazer-se das cinzas mais parece, ilusoriamente, o desejo do renascer da Fênix. Queimei cada papel, cada domingo, cada música enviada e quando resolvi desafazer-me do baú, como num passe de mágica, como se eu fosse um deus, lá estava você intacto, sorrindo e conhecendo minhas fraquezas. Você sabe muito bem que não gosto de explicar as coisas nos mínimos detalhes, que não falo do meu corpo porque tenho vergonha daquilo que não aprendi a amar e que sou uma menina, uma menina medrosa. </span></p><div style="text-align: justify; font-family: verdana;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;">As páginas amareladas do livro denotam que o tempo, de algum modo, passou. Se rápido ou devagar não interfere no que sinto hoje. Todavia, eu sempre soube que nunca poderia, por mais que o tempo passasse, passar ilesa por você, de você. A única atitude que tive foi podar meus desejos, deixar secar ao sol tuas promessas falsas que aprendi a amar. É, sou masoquista a ponto de assistir tuas ilusões sonoras como uma simples espectadora da minha própria vida e, por alguns segundos, sentir-me feliz em submergir no licor viscoso delas. Estou certa. Estou errada. Estou. Estamos. Essa sou eu. Eu sou. Tu és. Não seremos. </span></p><div style="text-align: justify; font-family: verdana;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; text-align: justify;font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;">Não seremos in loco. A solidão é o remédio, a salvação. Não aprendemos a dividir, não aprendemos a nos dividir. Mas também é a pura verdade que sinto uma enorme vontade de conhecer por inteiro o menu dos teus sabores. Eu amo tanto te ouvir que o silêncio, meu abrigo, expande-se. Te escuto e não sei me organizar sintaticamente, os significantes e os significados formam signos errados e minha zona de conforto não variável é calar-me. Essa sociedade amorosa é mesmo um fiasco e eu nunca quis tomar seu tempo com besteiras. Belos rostos são encontrados todos os dias e eu, novamente, nunca quis tomar seu tempo com besteiras. <i>I wanna a perfect </i><i><b>body. </b></i><i>I wanna a perfect </i><i><b>soul.</b></i></span><span style="font-style: normal;font-size:100%;" ><b> </b></span><span style="font-style: normal;font-size:100%;" ><span style="font-weight: normal;">A verdade é que eu nunca quis tomar seu tempo com besteiras. </span></span> </p><div style="text-align: justify; font-family: verdana;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; font-weight: normal; text-align: justify;font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;"> O aroma do café permeia nossos olhares desconfiados. Criamos um universo rarefeito que sequer nós conseguimos colonizar. Poderíamos ser tantas coisas – separados. Eu não seria tão fria e você não soaria tão falso. Abre essas janelas, deixa o barulho da rua entrar. Deixa eu esquecer a textura do lençol, os nomes nos copos de café e a saída pela porta de trás. Eu não quero mais te encontrar nas saídas dos labirintos. Eu não quero mais ler e não crer. Eu e você não poderíamos ser nós, apesar das minhas contradições. Não me leve à sério, me leve por aí. Me ame. Mande-me embora, mostre-me o caminho da porta pra fora, pois esse eu não consigo aprender sozinha.</span></p> Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-81426723728453453692010-09-08T20:32:00.006-03:002010-09-08T23:49:36.992-03:00Between the lines...<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVU-J44dP007b-trq7eRWgKDKS3aXrLkTWqmfHJw2Zhvwf8J7_MMc8XhIz4S0Myis0oLrJc0wn_ebxF6Vn3XLwwdnBxOJnXBP6jFi6x2RgUgBDmREG-_IoyfGgVoDCjxTB4zqZkWaJqMbL/s1600/144706561.jpg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 400px; height: 129px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiVU-J44dP007b-trq7eRWgKDKS3aXrLkTWqmfHJw2Zhvwf8J7_MMc8XhIz4S0Myis0oLrJc0wn_ebxF6Vn3XLwwdnBxOJnXBP6jFi6x2RgUgBDmREG-_IoyfGgVoDCjxTB4zqZkWaJqMbL/s400/144706561.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514689919895462082" border="0" /><span style="color: rgb(0, 0, 0); font-weight: bold;font-family:verdana;" >Just like anyone else.</span><br /></a>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-48774981363522072742010-09-03T00:53:00.010-03:002010-09-09T22:22:16.104-03:00Tautologia<div style="text-align: justify;"><a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvaIoOQV_LO1ak6tuk1tir1KgtbeC7oErxvG6zderVJnK1xWf12utT5XyEaJf3AAklAerxRdIx2wLkzmWudLZ7HdG11KlXPWkBaDoqxbBtHST6CuEAp5RhHwIXLYrvmrDKr_5DWmRZA-PC/s1600/compromisso.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 200px; height: 122px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhvaIoOQV_LO1ak6tuk1tir1KgtbeC7oErxvG6zderVJnK1xWf12utT5XyEaJf3AAklAerxRdIx2wLkzmWudLZ7HdG11KlXPWkBaDoqxbBtHST6CuEAp5RhHwIXLYrvmrDKr_5DWmRZA-PC/s200/compromisso.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5512531453584858754" border="0" /></a><span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" ></span></div><meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"><title></title><meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Win32)"><style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } A:link { so-language: zxx } A:visited { so-language: zxx } --></style><meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"><title></title><meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Win32)"><style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Casa comigo que eu sou capaz de te fazer ver tudo que está bem na ponta do teu nariz. Eu pinto tudo de azul e te deixo a vontade para correr nua pela casa. Casamento é substantivo capcioso, é o contrário do que parece ser, mas casa comigo que eu viro teu sapo quantas vezes quiser. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Casa comigo que eu te deixo dormente e transformo todo o teu chão em cama macia. Se quiser, eu não peço pra você gritar, mas encosta teu corpo bem perto do meu e respire profundamente, sempre. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Se você decidir casar comigo, farei de você a mulher menos mãe do mundo. Contudo, sei que você não se importa em não ter filhos. Mas casa comigo que te semearei herdeiros todas as noites só pela profundidade do teu fitar. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Casa comigo que eu troco as amantes de endereço e peço que todas as minhas contas sejam entregues na nossa casa. Minha cor favorita é o vermelho, mas gosto quando você se veste de branco, é como se fizesse parte da sua pele. Então casa comigo porque eu também quero ser parte das tuas negras noites. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Casa comigo porque estou cansado de procurar presentes diferentes sem saber do quê você gosta. Portanto, se você casar comigo, pode falar dos comerciais e das revistas de moda e livros com finais infelizes que eu dou que eu gasto e me desgasto só para me poupar das tuas reprovações. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Que a decisão de se casar comigo não seja baseada na angústia que posso te causar em nossos dias. Só se case comigo para que possa te trazer estrogênio, chocolates, endorfina, músicas, feromônios e flores. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Casa comigo para eu arrancar tudo isso de bom que há dentro de você e me apossar da tua alma, pois quem sempre perambula de madrugada sou eu. Se você aceitar tudo isso, verá a quantidade de frieza que existe aqui dentro de mim. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Casa comigo porque você nunca acreditou nas minhas mentiras, mas, ainda assim, amou todas elas. Quero jogar na tua cara que você sempre soube quem eu sou e que se está aqui é por vontade própria. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Se quiser se casar comigo, não espere nenhuma festa. Casamento não é um evento imperdível. Daí, case-se comigo que eu nunca vou te perdoar por usar aquele fraque ridículo em um dia de calor com toda aquela gente insuportável me olhando admirada.</span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Casa comigo pra eu te mandar embora, para depois você olhar na minha cara com um sorriso sarcástico e me chamar de idiota. Você não precisa de mim, então casa comigo para eu precisar menos ainda. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Casa comigo para me provar que sou um burro em pedir. Mas casa comigo só para poder te sentir e te ressurgir nas tuas manhãs de cara amarrotada. Arruma tuas malas que eu quero te levar para o meu buraco. Então casa comigo e me faça tão infeliz quanto posso te fazer e quanto tenho sido. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; line-height: 150%;" align="JUSTIFY"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >O amor vem pelo mistério, pela paz, pelo rompimento, pela quebra dos paradigmas e pela tolice de professar os maiores clichês como se fossem preces a um deus que vive escondido por aí a espera de um sim. Então, casa comigo porque eu preciso e admito que sem você este abismo é muito mais miserável. </span> </p> Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-83064515448662712822010-08-23T20:58:00.004-03:002010-08-23T22:36:38.101-03:00Cacos e Fra(s)cos<meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"><title></title><meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Win32)"><style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Hoje percebo que cada amor que tive levou um pouco do meu escasso léxico. As palavras não brotam como antes, ficam ali naquele dicionário inato, inerte. Talvez eu não tenha sabido amar. Alguém aí sabe amar? Dizem que o amor é como um jardim. Se assim fosse era só seguir as instruções atrás da embalagem de sementes... O amor é mortal assim como viver. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" > Eu sei exatamente qual é meu erro; meu erro é meu desespero e essa coisa forte que não me deixa equilibrar a balança com dois pesos, duas medidas. Eu fico nessa de querer abraçar você, de não querer te ver, de tentar falar, de saber que você vai esquecer. Então eu me rasgo de raiva, eu saio pra rua nua e descubro que a lua bonita no céu é mais doce que a vingança. No dia seguinte eu escrevo cartas com obrigados e eu-te-amos que não são recebidos no dia certo e, mais uma vez, esse amor furta-me mais um punhado das minhas palavras tortas. Adoeço e me faço de forte. <i>Mulher é desdobrável, eu sou. </i>Sou veementemente febril, volátil e voluptuosa, mas nego tudo isso até a morte. </span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" > As reviravoltas diárias deixam-me confusa. Domingo, agora, é dono do céu, do êxtase. Segunda-feira é mãe da espera e do engarrafamento. Diante daquela janela pela qual só se vê de dentro, encolho-me de medo e tento ler, ler-me, mas não aprendi braile e de tanto esforço posto nisso, quase adquiro LER. <i>Minha alma, minha lama </i><span style="font-style: normal;">já diria o poeta. Passei uns 300 dias torcendo para que você entrasse por aquela porta sorrindo, mas isso nunca aconteceu porque eu sempre soube onde te encontrar e você não entraria naquela sala mesmo que eu quisesse, mesmo que eu pedisse. Os 300 dias se foram e hoje me restam suas orações e umas doses homeopáticas de afeto e açúcar. Os 300 dias se foram e hoje isso parece conversa de elevador: Como foi o dia? Sua mãe tá bem? Tudo bem no trabalho? Não gosto de muitas perguntas, gosto mesmo é de ser arrebatada. </span></span> </p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" ><span style="font-style: normal;"> No emaranhado de afetos e desafetos, eu cato nos recônditos os restos de amor e tento criar algo menos confuso com eles. Criar com cacos sempre corta, é uma hemorragia. Se a gente soubesse não criava nada com cacos – deixava o tempo passar e a ave sair, mesmo que fosse por 24 horas. Contudo, na desordem do armário, os cacos fazem morada como monstros que podem atacar a qualquer momento em que uma porta é aberta. Meu armário está aberto e os cacos espalhados por aí, assim eles perdem força. Tudo isso é identitário, é a busca por algo que doei, que distribuí deliberadamente e que me faz falta. No meio disso tudo está aquele envelope médio de papel pardo – ele guarda a parte física daqueles 300 dias. Eu te escrevi tantas cartas do meu amor desorganizado e lânguido e estou certa de que você as guarda no seu armário, junto aos cacos, dentro de uma caixa box. Até nisso você foi melhor que eu, mas não importa eu ainda tenho aquele envelope médio de papel pardo com perfume de flores. Sou nostálgica e gosto de esgueirar-me nos precipícios. Não sou medrosa e já tenho a moeda para o barqueiro.</span></span></p> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm;" align="JUSTIFY"><span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" ><span style="font-style: normal;"> </span></span><span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" ><i>Amor é fogo que arde sem se ver. </i></span><span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" ><span style="font-style: normal;">O mesmo fogo que arde, destrói. Espero que não tenha destruído as palavras estranhas, minhas favoritas. Ele era alto e de olhos negros, ele era minha palavra estranha favorita e agora cabe em um envelope médio de papel pardo com perfume de flores enquanto eu, à espreito, aprendo a colar. Antes só que mal remendada.</span></span></p> Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-40520003201599058522010-08-08T18:18:00.011-03:002010-09-10T23:30:54.362-03:00Live and let Die.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIt8S8H4jtnD_RaXe_PGR-9788JX1SKvsE4RUprldIY7qRRlO5ktiC6Ary4BExDrbDOc45G6IhFWbq-_TFOpLhAUhyphenhyphenStl9sdPTNIUkOvIaN192u-zLpeL8FGtbc5mLwu2EQx-Dgi6chUS5/s1600/500-days-of-summer-bench-tom-1023x560.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 200px; height: 110px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgIt8S8H4jtnD_RaXe_PGR-9788JX1SKvsE4RUprldIY7qRRlO5ktiC6Ary4BExDrbDOc45G6IhFWbq-_TFOpLhAUhyphenhyphenStl9sdPTNIUkOvIaN192u-zLpeL8FGtbc5mLwu2EQx-Dgi6chUS5/s200/500-days-of-summer-bench-tom-1023x560.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5503153579434300370" border="0" /></a><br /><br /><span style="font-family: verdana;" class="GHVDGV3BG1C"><span style="color: rgb(51, 255, 51);">- What happened? Why didn't they work out?</span><br /><span style="color: rgb(51, 255, 51);">- What always happens. Life.</span><br /><br /><span style="font-size:78%;"><span style="font-style: italic;"><span style="color: rgb(51, 255, 51);">(Tom & Summer - 500 Days of Summer)</span><br /></span></span></span><br /><br /><div style="text-align: justify;"><span style="font-family: verdana;">O amor é uma casa que construímos dentro de nós. Tenho certeza que a nossa é ampla, iluminada... Sinto falta do nosso lar como uma criança que vê o amiguinho inseparável indo pra longe e não pode fazer nada além de dar um longo adeus. Portanto, obrigada por me dar seu ombro e seu coração. Obrigada por me amar entre todas as minhas crises. Obrigada por sorrir, por me sorrir. Obrigada por ter dividido suas tristezas, família e livros comigo. Obrigada por ter me feito mulher e feliz, por ter me levado às estrelas e por permitir te encontrar na volta. Obrigada por compreender minhas questões familiares deveras complicadas. Obrigada por me mostrar que posso e mereço ser amada. Obrigada por alegrar meus domingos e ficar 6 horas comigo ao telefone. Obrigada por ter me despido e me deixar despir pra você.</span><br /><span style="font-family: verdana;">Adeus é algo que deve ser dito vagarosamente para que, no fim, somente as lembranças boas sejam guardadas. É assim que quero saber que você se lembrará de mim e que me lembrarei de você. Amo-te mais que posso expressar em palavras e espero algum dia que a vida nos oferte com o reencontro e que nossas boas lembranças permitam, novamente, o mútuo reconhecimento.</span><br /></div>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-59688921500788865222010-08-02T22:05:00.008-03:002010-09-10T23:30:15.227-03:00Que a gente não alcança mais.<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ_A-dz0ncR_1ECYQfoLgjVWHmHZHU_ALuT5P_Ndv_S2oHOV1jd-ES7TZOs7-FwDaCUzHIVuS3iQnXa9XAg28Wemu3LCLWx3BFymcm3_YQ-83MoV4x2BIKKsIAAUYV1Kv11u4KJkSCqgZe/s1600/8ceaca35137dc72c636b6233c7ed82f8c276300d.jpeg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 199px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJ_A-dz0ncR_1ECYQfoLgjVWHmHZHU_ALuT5P_Ndv_S2oHOV1jd-ES7TZOs7-FwDaCUzHIVuS3iQnXa9XAg28Wemu3LCLWx3BFymcm3_YQ-83MoV4x2BIKKsIAAUYV1Kv11u4KJkSCqgZe/s200/8ceaca35137dc72c636b6233c7ed82f8c276300d.jpeg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5514749034723884962" border="0" /></a><br /><span style="font-family: verdana;">Coragem, às vezes, é desapego.</span><br /><span style="font-family: verdana;">É parar de se esticar, em vão, para trazer a linha de volta.</span><br /><span style="font-family: verdana;">É permitir que voe sem que nos leve junto.</span><br /><span style="font-family: verdana;">É aceitar que a esperança há muito se desprendeu do sonho.</span><br /><span style="font-family: verdana;">É aceitar doer inteiro até florir de novo.</span><br /><span style="font-family: verdana;">É abençoar o amor, aquele lá, que a gente não alcança mais.</span><br /><b style="font-family: verdana;"><br /></b><span style="font-style: italic; font-family: verdana;">Ana Jácomo</span>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-29945287877965079482010-07-29T22:01:00.005-03:002010-07-31T16:29:13.987-03:00(In)Direction<div style="text-align: justify;font-family:verdana;"><span style="font-size:100%;">A map in the hands of a pilot is a testimony of a man's faith in other men; it is a symbol of confidence and trust.<br /><br />It is not like a printed page that bears mere words, ambiguous and artful, and whose most believing reader--even whose author perhaps--must allow in his mind a recess for doubt.<br /><br />A map says to you, "Read me carefully, follow me closely, doubt me not."<br /><br />It says, 'I am the earth in the palm of your hand. Without me, you are alone and lost.'<br /><br />And indeed you are.<br /><br />Were all the maps in this world destroyed and vanished under the direction of some malevolent hand, each man would be blind again, each city be made a stranger to the next, each landmark become a meaningless signpost pointing to nothing.<br /><br />Yet, looking at it, feeling it, running a finger along its lines, it is a cold thing, a map, humourless and dull, born of calipers and a draughtsman's board.<br /><br />That coastline here, that ragged scrawl of scarlet ink shows neither sand nor sea nor rock; it speaks or no mariner, blundering full sail in wakeless seas, to bequeath, on sheepskin or a slab of wood, a priceless scribble to posterity.<br /><br />This brown blot that marks a mountain has, for the casual eye, no other significance, though twenty men, or ten, or only one, may have squandered life to climb it.<br /><br />Here is a valley, there a swamp, and there a desert; and here is a river that some curious and courageous soul, like a pencil in the hand of God, first traced with bleeding feet.<br /><br />Here is your map. Unfold it, follow it, then throw it away, if you will. It is only paper. It is only paper and ink, but if you think a little, if you pause a moment, you will see that these two things have seldom joined to make a document so modest and yet so full with histories of hope or sagas of conquest.<br /><br />No map I have flown by has ever been lost or thrown away; I have a trunk containing continents...<br /><br /><strong><span style="font-size:78%;">Beryl Markham</span></strong><br /><span style="font-size:78%;">(West with the night)</span></span></div>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-63210012346422981262010-07-18T00:13:00.002-03:002010-07-29T22:22:26.301-03:00<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxesPADyRXsPzS5eFJAiAFI9gplYkCoooh4oAKcLRvgvPWOq9_uy40x2ItjrV9HVS_-iPtHyygxB6TayhCvPEVfg6J2a7qqVodQYKHFHOyXYkVNkfpAyOyJ7NFDYq1sOoc9Kul9NOS_rrN/s1600/leveza.jpg"><img style="float: left; margin: 0pt 10px 10px 0pt; cursor: pointer; width: 138px; height: 200px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhxesPADyRXsPzS5eFJAiAFI9gplYkCoooh4oAKcLRvgvPWOq9_uy40x2ItjrV9HVS_-iPtHyygxB6TayhCvPEVfg6J2a7qqVodQYKHFHOyXYkVNkfpAyOyJ7NFDYq1sOoc9Kul9NOS_rrN/s200/leveza.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5499503179347969186" border="0" /></a><br /><span style="color: rgb(153, 51, 153);font-size:180%;" ><span style="font-weight: bold;font-family:georgia;" ><br /><br /><br /><br /><br />Leveza</span></span>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-5262491349641007232010-07-12T21:38:00.004-03:002010-09-10T23:26:30.854-03:00Pseudar<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgidydiSJEDGikp40WtO7Dy7wkdBPc-hkeLB48nKGxtPl5djiF9n97icx_mMSXMuFhdZjpQ1B-1pfONq45qk-8VKFLrsPpUHWU6_RhPQRXu2vIOPcioFGD4cVb6R8w7jJuWLd0rKPry0plv/s1600/6c02366c1bd84a587815a3ac83805ac5b373f8a4.jpeg"><img style="display: block; margin: 0px auto 10px; text-align: center; cursor: pointer; width: 200px; height: 186px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgidydiSJEDGikp40WtO7Dy7wkdBPc-hkeLB48nKGxtPl5djiF9n97icx_mMSXMuFhdZjpQ1B-1pfONq45qk-8VKFLrsPpUHWU6_RhPQRXu2vIOPcioFGD4cVb6R8w7jJuWLd0rKPry0plv/s200/6c02366c1bd84a587815a3ac83805ac5b373f8a4.jpeg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5493185910000013282" border="0" /></a>
<br /><meta equiv="CONTENT-TYPE" content="text/html; charset=utf-8"><title></title><meta name="GENERATOR" content="BrOffice.org 3.1 (Win32)"><style type="text/css"> <!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } --> </style> <p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; text-align: justify;"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Eu que não amo mais você, me peguei perdida entre as desculpas do ser e não ser.</span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; text-align: justify;"><span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Estou todo o dia inventado irrelevâncias que produzam qualquer motivo bobo para te ligar. Tiro e retiro telefones, ligo e desligo fatos, confusões, conclusões.</span></p><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; text-align: justify;"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Eu que não amo mais você, resolvi, sem porquê, dar faxina no quarto.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; text-align: justify;"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Estou horas a fio olhando essas paredes e porta-retratos, minha cama e seus sapatos. Espero, reespero, desespero por minhas mãos não mais conseguirem te tocar.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; text-align: justify;"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Eu que não amo mais você, fiz um pacto de força e sangue comigo mesma.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; text-align: justify;"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Estou, contudo, remoendo as lágrimas como alguém que recicla a própria sobrevivência. Percebi que meu equilíbrio freudiano ocupa somente minhas teses e não mais meu corpo já falido.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; text-align: justify;"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Eu que não amo mais você, escrevo cartas e poemas sem métrica. </span> </p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; text-align: justify;"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Estou a recitar-te como alguém que lê um livro sagrado em busca de salvação. Escrevo, escrevo-te e entendo que todas essas linhas deixaram de ser minhas a algum tempo.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; text-align: justify;"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Eu que não amo mais você, sinto teu cheiro no travesseiro e bebo a água que deixou no copo.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; text-align: justify;"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Estou arrancando as cascas em cima das feridas para, assim, encontrar meu erro. Os arranhões desta queda significam também a doce leveza perdida de outrora.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; text-align: justify;"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Eu que não amo mais você, titubeio em não mais te mirar, em ser forte, em andar sem par.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%; text-align: justify;"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Eu que não amo mais você, decidi te libertar e me banhar na água do mar.</span></p><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> </div><div style="text-align: justify;"> <span style=";font-family:Verdana,sans-serif;font-size:100%;" >Eu, eu que não amo mais você... </span></div><p class="western" style="margin-bottom: 0cm; font-style: normal; line-height: 150%;" align="LEFT"> </p> Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-55398144362416103502010-04-25T00:06:00.003-03:002010-09-10T23:28:19.176-03:00Entre o querer e o estar, o ser.<div style="text-align: justify; font-family: verdana;">Este deveria ser nosso dia... Um dia só nosso e especial. Eu não sei o que anda acontecendo: O sol tem estado tão quente e a vida tão fria. É, não deveria ser assim, não poderia ser assim. Como pôde, como podemos? Como podemos nos tornar uma tarde chuvosa de verão que inunda e estraga tudo? Prefiro o outono de belas folhas, dias de calor e brisa ao entardecer, assim seríamos tudo – tudo que precisamos para estar. Não soubemos ser eu e você, não soubemos ser nós. O vento que antecede a tempestade traz poeira e não limpeza. As lágrimas que escorrem necessitam esforço, geram suor . A proporção do suor é grande demais para que as lágrimas consigam lavar a sujeira que ele gerou. Há um tempo na vida em que julgamos que o amor é tudo; não o amor não é tudo. O amor é um rio cujas águas precisamos aprender a navegar. Eu amo você, mas desconfio de nós.<br />Tornei-me mais ríspida ainda e cobro mais que nunca. Ando muito cansada, não consigo me entregar, não escrevo e ouço músicas de despedida. Sei que tenho que caminhar com minhas próprias pernas e essa paraplegia que se instaurou não encontra cura. Existe alguma forma de ser eu e não te machucar? As paredes do quarto têm vida própria e se encolhem. Eu me aperto claustrofobicamente pra caber neste cubículo e não atrapalhar teu espaço, mas eu me expando. Expando-me em lágrimas que te sufocam. Eu não sei ser outra e não sei se você ainda me quer assim. Sinto falta do teu corpo me dando vida. Sinto falta da vida quando estávamos juntos, quando éramos nós. Então eu durmo – o sono é meu instinto de proteção. Nunca quero acordar pois nos sonhos eu tenho asas coloridas e todos apontam para mim dizendo: Olha que pássaro lindo!<br />Engordei nesses anos e você vive dizendo que deveria me cuidar mais, que sou linda. As palavras entram e saem da minha cabeça sem rumo. Você não poderia me escrever um poema? Está prestes a fazer um ano que coloquei esta aliança no dedo e hoje, não sei porquê, tiro-a pois cismei que ficará preta a qualquer momento. Olho para a aliança e sei que o ouro é algo que se pode derreter. Derreto-me febril em um banho frio e não sei onde você está; quando acordei já não estava mais na cama. Casa comigo de verdade e não me deixa ir embora.<br />Essa vida é esquisita mesmo. Sinto-me no País das Maravilhas e toda vez que olho para o lado o coelho repete que está tarde. É, está tarde... Muito tarde. Fiquei aqui envolta nas palavras que saltitavam em minha cabeça e submersa em sentimentos. Aqui sou rainha de todos os meus reinos. Daí você chega, me dá um beijo na testa, sorri e diz “boa noite”. Eu não respondo, não consigo (naquele momento as palavras só existem no reino da fantasia), mas ensaio um sorriso e isso te deixa satisfeito. Observo-te indo embora e sussurro que te amo e isso é mais do que posso fazer. </div>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-79003823684400127542010-01-15T12:29:00.005-02:002010-09-10T23:29:25.640-03:0011 de Janeiro.<div style="text-align: justify;"><span style="font-style: italic; font-family: verdana;">Não choro pelas palavras. Choro de saudade (...).<br />Quando alguém morre ou desaparece, a palavra escrita é o único alento.</span><span style="font-family: verdana;">¹</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;">As palavras tendem a tornar-se escassas. Desta vez não consegui dizer muita coisa, chorar muita coisa, pensar muita coisa, só gritei: Calma! A vida é longa pra uns poucos e curta para nós. Será que os anos contam mesmo a vida? Será que esse relógio ingrato de apenas 24 horas diáris quantifica nossa existência?</span><br /><span style="font-family: verdana;">Sei que não mais te verei e sei que a única coisa que me lembro é a maneira como eu olhava pra cima e via teu sorriso ao longe. Todo mundo deixa alguém todo o tempo. Uns guardam as lembranças de uma vida quando era possível acariciar teus cabelos negros. Outrs guardam uns poucos anos e se obrigam a se comportar como adultos para dizer adeus e os piopres são aqueles que nem puderam te sentir como deveriam e se agarram no primeiro semelhante teu que lhes aparece.</span><br /><span style="font-family: verdana;">Ao final não resta muito a não ser não pensar muito e pedir desculpas por não ser, não estar e por não ter arrancado de ti as palavras que nunca quis pronunciar. Ao final a dor é para quem fica, pois, ao final, ainda restou teu sorriso no travesseiro.</span><br /><br /><span style="font-family: verdana;font-size:78%;" >¹ Milton Hatoum <span style="font-style: italic;">in</span> Órfãos do Eldorado.</span><br /><br /></div>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-834914824393885353.post-61858756696998646762009-12-13T15:41:00.012-02:002010-09-10T23:31:55.101-03:00Miroir<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjic5lGYS_V2aaGSD5Ju90QZchVS5yAaAuJhW8IIqDoXyX1pjRbmxdkOYKDhGhfHPSQPmkUbJKNaV2UPsufHawys2TC7LiEgL0rNjeuHeLP25gIfK0T8zY_X4BqOJL2f_W2WGjpsjlDWtoT/s1600-h/LAGRIMA3.jpg"><img style="margin: 0pt 10px 10px 0pt; float: left; cursor: pointer; width: 200px; height: 199px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjic5lGYS_V2aaGSD5Ju90QZchVS5yAaAuJhW8IIqDoXyX1pjRbmxdkOYKDhGhfHPSQPmkUbJKNaV2UPsufHawys2TC7LiEgL0rNjeuHeLP25gIfK0T8zY_X4BqOJL2f_W2WGjpsjlDWtoT/s200/LAGRIMA3.jpg" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5414778686110992946" border="0" /></a><div style="text-align: right; font-family: verdana;"><br /></div><br /><div style="text-align: justify; font-family: verdana;">Quando vi os olhos castanho-esverdiados de Georgia cheios de lágrimas, só pude arraigar uma certeza: aquilo era amor, amor líquido, e medo, medo sólido.</div>Vanessa Martinshttp://www.blogger.com/profile/06601984590754846554noreply@blogger.com0