Quero escrever-te como quem aprende. Fotografo cada instante, aprofundo as palavras como se pintasse, mais do que um objeto, a sua sombra. Não quero perguntar por quê, pode-se perguntar sempre por que e sempre continuar sem resposta: será que consigo me entregar ao expectante silêncio que se segue a uma pergunta sem resposta? Embora adivinhe que em algum lugar ou em algum tempo existe a grande resposta para mim.
Clarice Lispector in “Agua Viva”
Onde nascem as borboletas... Este é o lugar onde pretendo me firmar. Como crisálida que procura desesperadamente uma folha onde se fixar. Metamorfose. Metamorfosear-me. Construir-me e desconstruir. Ser imago. Alimentar-me das flores que brotam em meus jardins. E, mesmo não havendo mais nada, colher os frutos abandonados no solo ainda úmido e transformar-lhes em parte minha, parte da vida porque é isso que são na verdade: Flores e Frutos e Metamorfose e Vida.
terça-feira, 2 de junho de 2009
Resposta
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Um comentário:
Clarice... Sempre a Clarice.
Postar um comentário