E é por isso que te escrevo.
Porque te quero aqui neste folha tão impessoal,
Escrevo incansavelmente nesta luta já perdida
De tentar lapidar tuas formas nas palavras,
Sentir teu cheiro através das minhas rimas,
Ver nos adjetivos teus olhos,
Sentir na textura fria do papel a tua pele.
Tento amar-te até mesmo no improvável
E transcender o impossível em tua presença deveras ausente.
Onde nascem as borboletas... Este é o lugar onde pretendo me firmar. Como crisálida que procura desesperadamente uma folha onde se fixar. Metamorfose. Metamorfosear-me. Construir-me e desconstruir. Ser imago. Alimentar-me das flores que brotam em meus jardins. E, mesmo não havendo mais nada, colher os frutos abandonados no solo ainda úmido e transformar-lhes em parte minha, parte da vida porque é isso que são na verdade: Flores e Frutos e Metamorfose e Vida.
domingo, 27 de abril de 2008
Inspiração
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2 comentários:
Como um simples papel de carta se corporifica neh? O ausente se torna taum concreto... Amor... Abstrato só nas definições mais fuleiras...
Axo q vou voltar a escrever no meu blog... jah tinha eskecido como eh bom corporificar o corporificado...
Meu papel e minha escrita não merecem uma transced~encia ausente.
O amor platônico é para os romãnticos, o amor recíproco é para os utópicos. E o amor moderno é a presença, é real, é sensação.
Se não for assim, nunca poderei sentir o cheiro da tinta da caneta e os sons emitidos pelos riscos da caneta no papel toda vez que escrever sobre amor.
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