Existe algo além deste céu gris, além deste pseudo-amor, cujas migalhas foram somente o quê você pôde deixar cair para eu me alimentar. Além de tudo isto estou eu, está minha alma. Meu coração, mesmo que partido, ainda bate forte. Aprendi que qualquer caco, mesmo que sejam pequenos os pedaços, têm fibra e corre uma vibração elétrica que tenta agitar-me. Meus olhos ainda guardam teu reflexo. Contudo, não és mais o que vejo ao acordar ou aquilo em que sonho ao dormir. Escapo da tua imagem seja ela viva ou em pensamento. Quando ver dói, viro meus olhos para observar outros movimentos e paisagens. Nestes eu não te encontro; não te encontro em meus horizontes. Não te dedico mais as linhas de meu caderno nem meus perfumes. Não cultivo mais os porquês e olvidei todos os questionamentos que outrora quis te fazer; não quero que ocupe nem mais um milímetro das minhas dúvidas e pensamentos. Após você, há a minha vida e foi este o presente que você recusou, mas que eu cultivo com exímio carinho.
Onde nascem as borboletas... Este é o lugar onde pretendo me firmar. Como crisálida que procura desesperadamente uma folha onde se fixar. Metamorfose. Metamorfosear-me. Construir-me e desconstruir. Ser imago. Alimentar-me das flores que brotam em meus jardins. E, mesmo não havendo mais nada, colher os frutos abandonados no solo ainda úmido e transformar-lhes em parte minha, parte da vida porque é isso que são na verdade: Flores e Frutos e Metamorfose e Vida.
domingo, 3 de agosto de 2008
Amar e malamar. Amar e desamar.
Existe algo além deste céu gris, além deste pseudo-amor, cujas migalhas foram somente o quê você pôde deixar cair para eu me alimentar. Além de tudo isto estou eu, está minha alma. Meu coração, mesmo que partido, ainda bate forte. Aprendi que qualquer caco, mesmo que sejam pequenos os pedaços, têm fibra e corre uma vibração elétrica que tenta agitar-me. Meus olhos ainda guardam teu reflexo. Contudo, não és mais o que vejo ao acordar ou aquilo em que sonho ao dormir. Escapo da tua imagem seja ela viva ou em pensamento. Quando ver dói, viro meus olhos para observar outros movimentos e paisagens. Nestes eu não te encontro; não te encontro em meus horizontes. Não te dedico mais as linhas de meu caderno nem meus perfumes. Não cultivo mais os porquês e olvidei todos os questionamentos que outrora quis te fazer; não quero que ocupe nem mais um milímetro das minhas dúvidas e pensamentos. Após você, há a minha vida e foi este o presente que você recusou, mas que eu cultivo com exímio carinho.
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Um comentário:
Clarice diz em Perdoando Deus "Eu me imaginava mais forte..."
mas acho que pra nós cabe: "Eu em imaginava mais fraco..." porque é nesses momentos que vemos a força que temos de seguir em frente, mesmo aos pedaços...
Um beijo.
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